terça-feira, 11 de novembro de 2008

Viagem a Buenos Aires

Por Iboré Trindade

Após a classificação do Internacional para enfrentar o Boca Junior, decidi... vou a Argentina companhar meu time e conhecer a capital mais charmosa da América do Sul. Convidei meu amigo Garrincha e esposa Elaine e planejamos a viagem, juntamente com Valéria, minha esposa. Decidimos viajar de ônibus, para conhecer o país vizinho de uma maneira mais convencional. Iniciamos a viagem na terça-feira 4 de novembro.
Após 20 horas de viagem e um pouco cansados chegamos em Buenos Aires, cidade que desde a entrada nos impressionou com suas construções. Passamos ao lado do estádio do River Plate, o monumental de Nuñes. Na quarta-feira a tarde, fomos visitar o famoso estádio, que mete medo em todos os times visitantes, a Bombonera. Fica localizado em um bairro popular, em uma zona portuária, chamado “La Boca”. Entramos em várias lojinhas do Boca, onde vendem produtos licenciados pelo clube, artigos variados e preços um pouco salgados.
Não entramos nas arquibancadas, pois tínhamos que pagar 20 pesos somente para entrar no estádio. Deixamos para entrar no estádio somente na quinta-feira, dia do jogo. Na quinta-feira, pela manhã fomos visitar a Casa Rosada, sede do governo federal, fica em frente a “Plaza de Mayo”. Local que serve para protestos semanais de mães que perderam seus filhos, mortos pela ditadura militar. A região central de Buenos Aires é muito bonita, com ruas muito longas e prédios históricos bem conservados. Estávamos ansiosos para chegar o momento mágico. Assistir ao jogo Internacional e Boca na Bambonera. Seguimos um conselho de um torcedor argentino e fomos de táxi, com ruas definidas para a torcida adversária não enfrentar problemas na chegada ao estádio.
Entramos sem problemas, guiados pela policia Argentina. Para chegar nas arquibancadas superiores onde ficou a torcida do Inter, precisava fazer um esforço excepcional, pois a altura é em torno de 50 metros de escadarias. O estádio é desconfortável para a torcida adversária. Colocamos a faixa da Associação dos Colorados de Sobradinho. Afinal de contas, precisávamos estrear bem com a bela faixa. Com certeza os mais de 35.000 torcedores do Boca, notaram a presença dos 2.000 colorados quando cantamos em coro, olé, olé, olé...
O Boca não perdia em seu estádio desde 2003. Apesar da derrota a torcida da casa continuava cantado músicas de apoio ao seu clube. A saída do estádio foi muito tumultuada.Sobrou garrafas e pedradas para todos os lados, mas a polícia Argentina apoiou a torcida colorada e tudo acabou bem. No dia seguinte andávamos pelas ruas de Buenos Aires de peito estufado com a camiseta do Internacional, muitos torcedores do River e outros times adversários do Boca, faziam sinal de positivo para nós.
A rivalidade do Boca e River Plate é maior que o clássico grenal. O Boca é clube da maior América do Sul, com mais títulos internacionais. Retornamos bem, cansados, mas com a certeza de ter aprendido como se torce pelo nossos clubes. Ficamos muito orgulhosos com o Internacional.
Bombonera ferveu

Elaine, Garrincha, Iboré e Valéria

Iboré Trindade, antes da partida

Faixa da Associação dos Colorados de Sobradinho

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