quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Brayer, segurança em favor da Noiva do Mar

José Finkler - Jornal Agora

O goleiro Ricardo Brayer, 35, foi destaque na primeira partida da decisão da Série Prata 2008, na vitória por 3 a 2 sobre a LTF. Impoartante Brayer foi também ao longo de toda a temporada, por suas defesas e também pelos gols marcados na competição. Depois de passar o ano de 2007 lesionado, o goleiro da Noiva deu a volta por cima e além das boas atuações é um dos líderes que a equipe rio-grandina tem dentro da quadra.

Jornal Agora - Brayer, qual foi a emoção de subir com a equipe da tua terra para a Série Ouro?
Brayer - Foi muito grande, principalmente para mim. Foi meu quarto ano aqui, apesar de quase chegar à semifinal no primeiro ano e ano passado ter aquela lesão séria, que nem sabia se voltaria a jogar. Este ano, a expectativa de voltar era enorme e agora fiquei aqui por tudo que passei. Foi importante a vitória e a vontade de ter subido ficou em primeiro lugar, mas agora falta só o título. Mesmo assim, creio que subir foi uma conquista este ano.

JA - Chegastes a falar antes do jogo com Sobradinho que se a equipe não vencesse tu irias largar o futsal, como foi isso?
Brayer - Na verdade, naquela semana passou um filme na minha cabeça, o jogador sempre sabe o momento de parar. O que aconteceu foi que se não conseguíssemos passar de fase, meu ciclo estaria acabado aqui em Rio Grande e teria que buscar algo fora daqui. Mas foi um jogo emocionante e fomos fortes e isso nos revitalizou e me deu ânimo de ficar. Com certeza tenho meu ânimo e rigor físico a meu favor, para que possa seguir jogando na Noiva do Mar.

JA - E aquela comemoração nos braços da galera, como fostes parar lá?
Brayer - No momento do nosso quarto gol da prorrogação, olhei para a arquibancada e vi todos os meus familiares lá, até minha filha com minha esposa. E aí pensei em ir lá e comemorar com eles que sempre estiveram comigo nos momentos ruins, então nada mais justo do que dividir com eles esse momento bom.

JA - Tu és uma referência para o grupo por toda a tua experiência, como tu trabalhas com isso?
Brayer - Cara, tem treinos em que nem sempre podemos passar a mão na cabeça dos outros. Mas temos um grupo fechado onde não houve brigas. Isso nos facilitou e a conduta extraquadra sempre observamos falando e orientando com muita conversa. Ser referência eu encaro na boa, é tranqüilo. Em algumas equipes por onde passei fui referência e tive liderança. Isso faz parte de mim. Respeito todos e sou correspondido.

JA - Preferes marcar gol na final ou praticar grandes defesas como fizestes aqui em Rio Grande?
Brayer - Se for possível, quero marcar um gol. Temos uma grande equipe pela frente, mas o nosso grupo e nossa maneira de jogar facilita isso. Para que eu possa avançar, temos jogadores importantes lá atrás como Lindemberg, Renan e Eberson que não são tão notados e me ajudam bastante. Isso me ajuda para poder trabalhar e poder chutar no gol.

JA - Como vocês estão encarando essa batalha em Santo Ângelo, no próximo sábado?
Brayer - Para nós, jogadores, é um jogo que vai ficar marcado em nosso currículo. Apesar das dificuldades, a equipe está consciente de que tem que dar o melhor e nós temos o Albinho, que nesse momento nos dá tranqüilidade e sabe usar as palavras na hora certa. Nós nos abraçamos no que ele fala e a nossa vontade de chegar ao domingo comemorando é grande. Será a maneira de terminar este ano com chave de ouro!

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