quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Rafael Almeida: "Sensação de dever cumprido"

O acesso da Noiva do Mar à Série Ouro e a classificação para as finais da Prata 2008 teve a marca do artilheiro Rafael Almeida, 27. Com seus gols e sua experiência, Almeida tornou-se rapidamente um dos destaques da Noiva do Mar. Em entrevista ao Jornal Agora, Rafael Almeida comentou sobre a conquista, a final da prata, o futuro e ainda sobre sua declaração na chegada a Rio Grande - na oportunidade afirmou que queria subir a Noiva do Mar.

José Finkler (Jornal Agora)

Jornal Agora - Quando chegastes a Rio Grande, falastes em "colocar a Noiva do Mar na Série Ouro", foi uma profecia?
Rafael Almeida - Não, eu sempre fui confiante, sempre confio onde trabalho. Gosto de trabalhar e quando fazemos isso sério as coisas acontecem. Eu vi o potencial do time, só faltava eles acreditarem nisso e foi o que aconteceu. Passamos a acreditar no acesso na segunda e terceira fase. Junto com nosso potencial, nosso trabalho foi a chave para alcançarmos tudo isso.

JA - Qual foi a sensação quando terminou a partida?
RA - Foi de dever cumprido, cheguei comentando que iríamos subir, mas eu sabia das dificuldades. Nem nas derrotas deixei de acreditar e quando chegamos eu não fiquei surpreso, apenas tive a sensação de dever cumprido. Depois de conhecer o plantel, a vontade de ir para Ouro triplicou. Ainda mais depois de ver o esforço da diretoria para nos dar condições e isso, junto com a minha vontade, ficou mais forte.

JA - Como foi a festa pelo acesso?
RA - Fizemos o tradicional churrasco, que sempre acontece ganhando ou perdendo. Lógico que dessa vez foi muito mais alegre que o normal. No nosso grupo, temos uma banda de pagode (risos) e tocamos para comemorar ainda mais.

JA - Percebe-se uma identificação rápida tua com a torcida e a cidade, confirmas isso?
RA – Sim, cara, quando eu decidi jogar perto da minha cidade, não foi por acaso. Jogando fora do País e em outros lugares, sempre quis estar por perto. Desde pequeno, veraneei no Cassino e sempre quis jogar aqui perto com a minha família e as pessoas da mesma região que eu acompanhando. Tudo isso se encaixou e a identificação ocorreu.

JA - Tua família é uma presença constante em todas as partidas aqui em Rio Grande. Qual o valor desse apoio?
RA - A minha família sempre me apoiou em qualquer lugar e decisões que participei. É o que eu falei, a vontade de jogar com eles assistindo sempre foi enorme. Com eles na arquibancada, tenho uma motivação extra. Ganhando ou perdendo sei que eles vão estar sempre do meu lado.

JA - Concordas quando se fala que a tua chegada foi o salto de qualidade da Noiva do Mar na Prata?
RA - Eu acho que a qualidade sempre existiu. Um só jogador não faria o que nós todos fizemos, mas a minha chegada e a do Manta, com a experiência de Série Ouro e Liga Nacional, ajudou nosso plantel a subir. Eles viram tanta certeza na gente que se motivaram. Esse foi o salto de qualidade, acreditar no nosso potencial.

JA - Próximo objetivo é o título?
RA - Sim, claro. Nos deixaram chegar, agora vamos com tudo. A cidade merece pela festa que foi feita e por toda a repercussão. Rio Grande merece esse título para comemorar mais ainda. Estamos contentes por ter posto o futsal do Rio Grande de volta na elite do Rio Grande do Sul. Recolocamos onde muitos de nossos diretores e comissão técnica, quando jogadores, estiveram com os clubes daqui.

JA - Pensas em permanecer na Noiva do Mar o ano que vem?
RA - Agora a direção está vendo, mas tenho algumas propostas para jogar Liga Nacional e tudo. Financeiramente é proveitoso, mas vou pensar com carinho em ficar. A identificação com a cidade vai pesar muito nessa decisão.

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