sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Comentário do Idelfonso Barbosa

Outros tempos
Outro dia Lory Weber e Romeu Siman, o Geada, receberam justas homenagens no encerramento do XI Torneio Semana da Pátria, que anualmente acontece no Bairro Maieron. O primeiro por ter - juntamente com seu irmão Leoni, o Pintado - “desembarcado” em Sobradinho no final da década de 50, com a primeira bola do antigo futebol de salão, hoje futsal, que apareceu por aqui. Já o segundo estará sempre na história do esporte local e regional, por ter sido o primeiro presidente da Associação.
Portanto, são eles os “atores principais” do primeiro e do segundo “tempo” da história do futsal da Terra do Feijão e, em conseqüência, também da equipe que leva no lado esquerdo do peito por onde anda o brasão do município.
Naquela época, e depois destes dois “tempos” iniciais, com absoluta certeza, muitos se sucederam até chegarmos aos dias de hoje, sem nunca esquecer a existência e a importância da quadra de cimento do Clube Comercial. Tantos capítulos que um jornal inteiro seria pouco para descrevê-los.
Mas há um momento especial a ser destacado na trajetória do time de Sobradinho: o título de Campeão Estadual da Série Bronze de 2006, principalmente por ser único até aqui.
Outras conquistas ainda acontecerão e, quem sabe, por isso, um dia se falará menos do feito de dois anos atrás e do então presidente Iboré Trindade.
No entanto, nunca haveremos de esquecer e nem de poupar palavras quando o assunto é o primeiro homem que, acompanhado do irmão, um dia apareceu em nossa cidade com uma bola de futsal embaixo do braço. Tão pouco, daquele que se dignou e teve a coragem de estar na condição de primeiro presidente da hoje, mais querida e conhecida - quem sabe também odiada - entidade do município e de toda a região Centro Serra.

Novos tempos
A maioria absoluta dos simpatizantes do time de Sobradinho entende que não iremos esperar outros 30 anos para comemorarmos a conquista de um novo título Estadual.
As justificativas são muitas, uma delas é que hoje os tempos são outros, e que as informações voam, nivelando os competidores, quando por antecipação, teoricamente, sabem uns dos outros como jamais imaginávamos há dez anos.
É a tecnologia a serviço de todos os segmentos, e o esporte não poderia estar indiferente a toda esta evolução. Hoje, por exemplo, sabemos com antecedência a provável maneira que o adversário poderá atuar, além de, se pesquisarmos, também conhecer individualmente cada componente da equipe adversária e a possível maneira de neutralizá-los.
Do mesmo modo que a tecnologia encurtou as distâncias, também é verdade que não estamos proibidos de sonhar com um novo título estadual sem o intervalo de outras três décadas. Pena que nesta temporada praticamente “morremos na praia”. Mas, considerando todas as adversidades, foi um acontecimento e tanto.

Prorrogação
Muito ainda se fala sobre o resultado, no tempo regulamentar, da última partida da Unisc/Sicredi/Associação Sobradinho por ocasião do jogo de volta, válido pelas semifinais da Prata.
Gente! A derrota nos 40 minutos era previsível, principalmente considerando o fator local que acabou sendo determinante. Até porque, a quantidade de gols não alteraria em nada o que cada equipe iria necessitar na prorrogação.
Portanto, o maior problema do time do Centro Serra residiu em não ter forças para conter a fúria da Noiva do Mar - que de noiva não teve nada - e reverter a situação desfavorável nos dez minutos do tempo adicional.

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