Comentário do Idelfonso Barbosa

Dr. Nilson Bridi
“21 de abril de 1969, às 20h30, no salão de festas do CTG – Galpão da Estância. Reuniram-se os associados do Atlético Esportivo Sobradinho, para elegerem em assembléia geral ordinária, em segunda convocação, a nova diretoria que regerá a agremiação no próximo período, de conformidade com a convocação devidamente feita para este fim.”
Este é um extrato fiel da abertura da ata que registra os acontecimentos da assembléia geral, que, há quase 40 anos, elegeria Dr. Nilson Bridi o 21º presidente do Atlético.
Ele foi um apaixonado pelo time de Sobradinho e importante colaborador do clube, que, naquela época – final da década de 60 e início dos anos 70 – era carinhosamente chamado de Leão da Serra.
Dr. Nilson Bridi. Jamais ouvi alguém se referir a ele sem antes do prenome colocar o Dr, da mesma forma que também nunca ouvi alguém citá-lo sem a inclusão do sobrenome Bridi, e acredito que será sempre assim: Dr. Nilson Bridi.
Homem de posições fortes que, além de Cirurgião Dentista e presidente do Atlético, também teve um envolvimento significativo na política local.
Presidente que deixou sua marca no Estádio Tiradentes ao erguer ali o primeiro alambrado de proteção do campo de jogo, em substituição ao antigo e ultrapassado para-peito, exigência da Federação para que a equipe continuasse a disputar competições de nível estadual.
Dr. Nilson Bridi! Um dos mais organizados e articulados presidentes do Alvinegro de todos os tempos, faleceu no último dia 11, aos 77 anos, na cidade de Caxias do Sul, onde estava radicado. Outro que foi embora e, com certeza, levou junto um pedaço da história do Atlético Esportivo Sobradinho, que ainda é uma das entidades mais importantes da região Centro Serra.

Atlético
Por falar em Atlético: O que estaria acontecendo com o futebol de campo? Tento esclarecer!
Há exatos 17 anos, o futebol amador teve seu ápice aqui no estado quando a Federação Gaúcha de Futebol fez acontecer, simultaneamente, dois campeonatos: o Estadual de Amadores, Categoria Especial e o Amador da Primeira Categoria.
A Série Especial contou com a participação de 49 equipes, e a Primeira com nada menos que 64 clubes, ambas divididas na primeira fase em chaves regionais. Portanto, em 1991 – ano do cinqüentenário do Atlético – foram 113 agremiações participantes do Estadual de Amadores. Um recorde.
De lá para cá, o Amador, a exemplo da Segunda Divisão de Profissionais, vem em queda-livre, sem falar no desaparecimento completo da Terceira Divisão.
Nesta temporada de 2008, por exemplo, a competição ocorreu com a participação de apenas 12 equipes. Logo, não há muito que explicar, haja vista que os números dispensam comentários a respeito do que estaria acontecendo com o Atlético, e até mesmo com as demais equipes do Centro Serra. Aquelas, que em outros tempos também tiveram participação em competições de nível estadual.
Há quem diga que a TV por assinatura é a grande vilã deste desaparecimento, quase total do Amador. Lá tem futebol todos os dias e no horário que o “desportista” quiser. Mas, eu sonho que isso seja apenas um ciclo, até porque a Segunda Divisão começa a dar indícios de recuperação.

Positivo da Semana
O retorno, em grande estilo, do show que sempre é o Grupo de Patinação Arte Rodas. Extraordinário figurino e a conhecida vontade e determinação de todos os envolvidos. Parabéns!