sexta-feira, 18 de julho de 2008

Comentário do Idelfonso Barbosa


ENTRE SAFRA
Ou transição? Há quem diga que, na verdade, o Clube 25 de Julho está nesta temporada plantando o futuro, uma vez que não havendo “caixa” para suportar os custos de uma competição de nível estadual, categoria adulto, melhor do que “esparramar” com tudo é estar participando com uma equipe das categorias de base. Fez, e está fazendo, muito bem o time de Arroio do Tigre, que além de manter o futsal vivo por lá disputando o Estadual Juvenil, também proporciona envolvimento sadio para aproximadamente 20 meninos nascidos nos anos de 1990, 1991 e 1992. Todos “marinheiros” de primeira viagem, que até por isso fazem bonito, inseridos num projeto, segundo o orientador e treinador Marcos Fagundes, o Mancha, previsto para durar no mínimo dois anos. Para só depois, quem sabe, o clube rever a situação, haja vista que absolutamente todos os atletas que hoje integram o plantel do 25 de Julho, são filhos do Centro Serra e poderão num futuro próximo, servir como sustentação para o provável retorno do clube a uma categoria principal.

EVIDÊNCIAS
Uns se vão, outros chegam e há aqueles que regressam, mas nem sempre quem está de volta é visto com bons olhos pelos “donos da aldeia”. O que não se aplica em relação ao retorno do Fernando Spada. Aliás, tem mais gente que também seria recepcionada de maneira igual, mas o nome da vez é ele, até porque impressiona pelo conceito privilegiado que possui entre seus colegas e os desportistas do Centro Serra. Conceito, diga-se de passagem, adquirido em poucos meses de estadia aqui por Sobradinho. “Repatriado” o Spada para um plantel que, apesar de carente em número de atletas, garantiu classificação com quatro rodadas de antecedência para a próxima fase da Série Prata. No que está dado o recado ao Fernando, de que aqueles chamados para estarem na quadra de jogo deram conta do recado, muitas vezes superando seus próprios limites, demonstrando que sabem o que querem e onde pretendem chegar. Bom para o Spada? É evidente que sim. Da mesma forma que aumenta a sua responsabilidade, e ele inteligente que é, sabe que não tem como ser diferente.

FOLHAS DE OUTONO
Para que surjam novos valores, invariavelmente outros desaparecem. Para que um talento possa fazer valer toda sua capacidade, na maioria das vezes o que por ventura esteja ultrapassado, poderá ser “sacrificado” ou readequado em outra banda. Isso em todas as modalidades do esporte ou em qualquer outra atividade, seja ela individual ou coletiva, deveria ser encarado com naturalidade, caso contrário, corre-se o risco das renovações serem sempre tardias, com o agravante dos altos custos que todo o recomeço exige. Resistências a mudanças sempre serão naturais e compreensíveis, desde que não estejam ligadas a interesses pessoais, o que, na maioria das vezes, acontece. Por outro lado, deveríamos aceitar a verdade de que a ordem natural de tudo nos assemelha as folhas que a cada outono permitem acontecer o novo, nem sempre necessariamente desaparecendo, mas assumindo um novo papel e seguindo seu ciclo até o capitulo final.
Resumindo, o ideal seria cada um na sua e procurando fazer sempre melhor, mas tudo dentro do seu tempo, de preferência sem prejuízo do tempo do outro e se o outro fizer ainda melhor, provavelmente será por competência, e por ele também estar em outro tempo. Este que pode dispor, por exemplo, de conhecimentos diferentes do nosso, desconsiderando até qualquer tipo de sorte.

POSITIVO DA SEMANA
Outra vez o comportamento exemplar do torcedor da Associação que, apesar da arbitragem estar em desacordo com a partida, tudo o que fez não passou do grito.
NEGATIVO DA SEMANA
Sem nenhuma dúvida o nível da arbitragem dos senhores André Luiz Casela e Cristiano Silva de Souza, que conseguiram a façanha de desagradar os dois times e a todos.

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